Revolução Verde: Blockchain e a redução de emissões de carbono

24 de maio de 2023

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Revolução Verde: Blockchain e a redução de emissões de carbono

A aplicação de blockchain e tecnologia de registro distribuído tem se mostrado uma solução favorável para verificar medidas de redução de emissões de carbono.

A aplicação de blockchain e tecnologia de registro distribuído (DLT) tem se mostrado uma  solução promissora para rastrear e verificar medidas de redução de emissões de carbono de forma confiável e transparente. Essas tecnologias oferecem uma estrutura descentralizada e imutável que permite a criação de registros públicos e compartilhados, garantindo a integridade e a rastreabilidade dos dados relacionados às emissões de carbono. A primeira aparição das duas terminologias foi em 2008, no artigo acadêmico intitulado “Bitcoin: um sistema financeiro eletrônico peer-to-peer.” publicado por Satoshi Nakamoto.

Através do uso de contratos inteligentes, a blockchain e a DLT podem automatizar e garantir a execução de acordos e transações relacionadas à redução de emissões. Isso inclui a validação e verificação de projetos de energia renovável, captura de carbono e compensação de emissões, bem como a emissão e transferência de créditos de carbono.

Ao registrar todas as transações em um livro-razão distribuído e transparente, a tecnologia blockchain fornece um registro confiável e verificável das reduções de emissões alcançadas. Isso cria um sistema de prestação de contas robusto e incentiva a transparência em relação aos esforços de redução de carbono.

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Como a tecnologia, oferece um sistema de transparência e rastreabilidade em toda a cadeia de suprimentos, permitindo acompanhar e verificar o impacto ambiental dos produtos. Isso aumenta a credibilidade e confiança, demonstrando práticas sustentáveis. Além de auxiliar na redução do carbono, a tecnologia pode auxiliar em processos de certificação e criação de selos sustentáveis. Tokenização de ativos ambientais como o crédito de carbono como mencionado anteriormente.

A aplicação de blockchain também contribui para a integridade dos dados climáticos, uma vez que evita a possibilidade de manipulação e falsificação das informações. Isso aumenta a confiança nas iniciativas de redução de emissões e facilita a criação de parcerias entre governos, empresas e organizações não governamentais.

Hoje em dia as principais empresas globais, já utilizam este sistema: 

  • Microsoft: A Microsoft tem investido em projetos baseados em blockchain e DLT, como o Azure Blockchain, que oferece suporte a várias aplicações empresariais, desde gestão de identidade até cadeias de suprimentos.
  • Walmart: A gigante varejista Walmart tem investido em soluções baseadas em blockchain para rastrear e garantir a segurança dos alimentos em sua cadeia de suprimentos,melhorando a transparência e a confiança dos consumidores.
  • Poseidon Foundation: A Poseidon Foundation utiliza blockchain para integrar soluções de compensação de carbono em transações do dia a dia, permitindo que os consumidores compensem as emissões de carbono de seus produtos e serviços.
  • Power Ledger: A Power Ledger é uma empresa que utiliza blockchain para facilitar a negociação e o compartilhamento de energia renovável entre produtores e consumidores, promovendo uma transição para um sistema energético mais sustentável

Essas são apenas algumas das principais empresas que estão utilizando o blockchain e DLT em suas iniciativas de sustentabilidade. É importante ressaltar que o uso do blockchain para sustentabilidade está em constante evolução, e muitas outras empresas estão explorando e implementando essa tecnologia para impulsionar suas práticas sustentáveis.

No contexto global das mudanças climáticas, a aplicação de blockchain e tecnologia de registro distribuído para rastrear e verificar medidas de redução de emissões de carbono oferece uma abordagem inovadora e confiável. Essas tecnologias podem desempenhar um papel fundamental na aceleração da transição para uma economia de baixo carbono, fornecendo um meio transparente e eficiente para contabilizar e impulsionar os esforços de mitigação do aquecimento global.

Matéria por Guilherme Borges – Meteorologista Climatempo

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