De Fatos Históricos como Pandemias e Ciclos Climáticos ao Planejamento e Desenvolvimento das Novas Cidades/ Smart Cities.

24 de junho de 2020

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De Fatos Históricos como Pandemias e Ciclos Climáticos ao Planejamento e Desenvolvimento das Novas Cidades/ Smart Cities.

Já se perguntou como serão as novas cidades pós COVID-19? Climatempo/ StormGeo, líder em serviços de inteligência na América Latina, já faz a diferença, contribuindo ao desenvolvimento das novas cidades.

Um pouco de história das pandemias, que nem ciclos climáticos recorrentes.

Antes de algum tipo de resposta à pergunta inicial, interessante pensar no cenário atual e fazer um pouco de história. A realidade neste ano de 2020, é que acontece uma mudança no estilo de vida de todos, o mundo parou para pensar e nos proteger, tudo provocado por uma doença que ultrapassou a maioria das fronteiras geográficas, a pandemia SARS- CoV-2 ou como mais se conhece “COVID- 19”.

As pandemias acontecem se repetindo na história, ao igual que mudanças nos padrões climáticos dos fenômenos meteorológicos, com variabilidade de fases frias e secas para períodos chuvosos e úmidos, ou de ciclos como a Oscilação Decadal do Pacífico (no inglês PDO) a qual tem influência diretamente nos conhecidos anos de La Niña ou El Niño, segundo anomalia positiva ou negativa da temperatura do oceano Pacífico. A cada novo ciclo antes ocorrido, uma nova forma socioeconômica tem saído à tona nas cidades, pois nos comportamos segundo vivemos, em estreita relação com os ciclos da natureza e o meio ambiente.  

Se por um lado a pandemia COVID-19 tem sido politizada, relacionada a especulações e falsas informações “Fake News”, a realidade é que esse tipo problema relacionado à saúde dos seres humanos já tem acontecido anteriormente, e agora traz à tona a necessidade de isolamento e distanciamento social. Uma nova era está se consolidando nestes momentos, e com ela, novas cidades surgem com novos tipos de comércios e relações na procura do desenvolvimento.   

Os seres humanos geralmente têm memória curta para datas e acontecimentos do passado, sendo que, as referências bibliográficas nos ajudam quando se trata de história e fatos, das quais suas experiências ajudam a ser melhores e a superar as dificuldades atuais. 

Antes de fazer algum tipo de comparação, deve-se ter em conta a cronologia dos fatos na história. De como pandemias tem um ciclo recorrente, aproximadamente de cada 100 anos, dentro das resenhas que tem sido coletada pelos diários da época. Segundo a revista Ser Médico na sua última edição de 2020, a linha do tempo relacionada a pandemias na história da era atual, reconta os seguintes acontecimentos: 

  • Ano 165-166 D.C. quando aconteceu umas das grandes doenças cónicas conhecida como Peste Antonina, a qual provocou cerca de 5 milhões de mortes; 
  • A Peste ou Praga de Cipriano, pandemia relacionada a varíola ou sarampo, que afligiu o Império Romano 240 – 270, provocando até 5 000 mortes diárias na capital imperial.  
  • A Praga de Justiniano (imperador da época culpado pela doença) que durou dos anos 541 até 544 causando 25 a 50 milhões de mortes;
  • Entrando no nosso milênio entre 1346 e 1353 aconteceu a Peste Negra a qual causou mais de 200 milhões de mortes, teve boatos de reaparecer perto do ano 1720; 
  • Durante os anos 1852 e 1860 surge a terceira pandemia da Cólera causando 1 milhão de perdas de vidas humanas;
  • A Gripe asiática ou Gripe Russa de 1890 (1889-1890), provocando 1 milhão de mortes;
  • Entrando no século passado acontece a sexta Pandemia da Cólera (1910-1911), provocando mais de 800 mil mortes;
  • A Gripe Espanhola (1918- 1920), com mais de 50 milhões de mortes fica como a mais mentada e comparada com a COVID-19 que atualmente afeta ao mundo;
  • A gripe asiática (1956- 1958), provocou 2 milhões de mortes;
  • A gripe de Hong Kong (1968), com mais de 1 milhões de mortes;
  • O Vírus de Imunodeficiência Humana HIV/AIDS (auge entre 1980- 2012), provocou mais de 36 milhões de mortes;
  • Gripe suína (2009-2010), com mais de 500 mil mortes;
  • Atual terceira onda de corona vírus, a Pandemia do SARS- CoV-2 ou como mais se conhece  COVID-19, antecedida por vírus relacionados a doenças respiratórias como o SARS-2003, a pandemia de H1N1-2009 e o MERS-2012. Segundo a Organização Mundial de Saúde OMS, até o dia 10 de junho de 2020, o COVID- 19 contabiliza no planeta todo, um total de 7.145.539 casos de contagiados e deles 408.025 mortes.

As novas cidades em desenvolvimento e o benefício da informação, o Clima como aliado.

Historicamente, após a crise desencadeada por cada uma das epidemias antes mencionadas, a sociedade e seu modo de pensar mudaram, e com isso, novos tempos e tecnologias têm se desenvolvido em favor das novas cidades. Exemplo disso foi quando o médico inglês John Snow, considerado pai da epidemiologia moderna, fez uma a análise espacial em 1854 para reverter o surto de cólera na cidade de Londres. John Snow com o uso de cartografia, inovadora para sua época, conseguiu delimitar regiões onde a cólera estava se espalhando, ao comprovar que os casos dessa doença se agrupavam nas zonas onde a água consumida estava contaminada. Foi utilizada e registrada por primeira vez, a inteligência geográfica em forma de Sistema Informação Geográfica SIG, ideia pela qual numerosos softwares foram desenvolvidos até os dias de hoje.

Fonte Revista Geo Independência

Nos meses atuais a COVID- 19 já deixa marcas de um estrago na economia que ainda não pode ser contabilizado, mas o ritmo da sociedade mudou, ganhando novas experiencias e trazendo mais sentimento de solidariedade e familiaridade. Junto com as novas modalidades de trabalho, oficina em casa conhecida como Home Office, o uso de inteligência tecnológica online tem aumentado. Se escuta com frequência do uso de aplicativos que rastreiam a população, os quais já existiam para casos excepcionais, mas agora aumentaram seu alcance para seguir as pessoas, inclusive invadindo muitas vezes a privacidade. Essas novas forma de controle e mapeamento da população chegaram para ficar, importante que esses tipos de dados fiquem em mãos seguras e para o bem social de todos. A Pandemia deixa como legado o planejamento e organização nas formas de convivência nas cidades, algo que vem sido tratado como teoria, mas a prática se impôs e agora é uma realidade. 

As cidades estão ficando cada vez mais rápidas e inteligentes, mudando o futuro de todos, um exemplo disso são as novas tecnologias de internet 5G. Segundo informações atualizadas na revista Revista online EY, uma das tecnologias que chegou conectando todo tipo de pessoa é da Internet com rede 5G, ela deve chegar à metade população mundial até 2024. Estas redes desenvolverão todas as cidades, com certeza mais inteligentes, dando uma grande qualidade de vida a seus habitantes.

Até 2030, cerca de 125 bilhões de sensores e dispositivos em nossas casas, carros, escritórios e ruas, que serão interligadas em rede, criando ambientes radicalmente novos nos quais viveremos e trabalharemos. 

“A tecnologia não será mais sobre os dispositivos que carregamos, mas sobre as redes que carregam todos os aspectos de nossas vidas.” 

Segundo a Revista Sebrae Minas e Wikipedia 2020, as Novas Cidades que desde alguns anos está se desenvolvendo são as conhecidas cidades inteligentes. Alguns dos conceitos mais utilizados são:

“Cidades Inteligentes são aquelas que otimizam a utilização dos recursos para servir melhor os cidadãos. Isso vale para a mobilidade, a energia ou para qualquer serviço necessário à vida das pessoas.” 

“Smart Cities ou cidades inteligentes são centros urbanos planejados com processos eficientes e projetados para beneficiarem os locais em que são aplicados e melhoram a qualidade de vida de seus moradores.”

Como antes comentado, o aspecto do uso da inteligência tecnológica joga um dos principais papeis na construção das novas cidades, como por exemplo, quando aplicado ao conhecimento e previsão das condições do Clima, aliado para o planejamento socioeconômico das novas cidades. Uma cidade que tenha sua população informada, atualizada e bem educada, consegue crescer e ser sustentável. O uso correto de novas tecnologias no planejamento de uma cidade viabiliza seu caminho ao crescimento, onde seus cidadãos consigam fazer atividades em conjunto, criando empresas com novos profissionais, estudantes e universidades interconectados. Algumas das principais caraterísticas que deixam as novas cidades como inteligente são:  o Capital humano, a Coesão social, a Economia; a Governança, o Meio ambiente, a Mobilidade e transporte,  os investimentos para o bem social e o Planejamento urbano, as Conexões internacionais e uma Saúde de qualidade igual para todos.

Imagem que ilustra uma Cidade Sustentável e Inteligente – Cidade Interconectada e Digitalizada. 

Fonte Revista Sebrae Minas

Atualmente metade da população mundial é urbana, ocupando 2,8% do território do planeta e, especificamente no Brasil, a população urbana chega a 83% do total. O mundo está se tornando cada vez mais urbano. Estima-se que 2,5 bilhões de novos habitantes irão morar em cidades até 2050, superando uma população urbana de mais de seis bilhões de habitantes, os quais enfrentarão inúmeros desafios para suprir as necessidades do crescimento, segundo os anais do 8º Congresso Luso-Brasileiro PLURIS 2018, cujo tema central referiu-se ao Planeamento Urbano, Regional, Integrado e Sustentável.

Como curiosidade, o Ranking Connected Smart Cities, informa algumas das cidades do mundo, consideradas de “Inteligente ou Smart City” são as seguintes:

  • Nova York, Estados Unidos;
  • Amsterdã, Holanda;
  • Tóquio, Japão;
  • São Francisco, Estados Unidos;
  • Viena, Áustria;
  • Copenhagen, Dinamarca;
  • No Brasil, em ordem de desenvolvimento temos : Campinas, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Brasília, Salvador e Belo Horizonte.

No Brasil, a Lei 12.608 de 2012 exige que os Municípios brasileiros adotem medidas necessárias voltadas à proteção da população, bem como o monitoramento, para a redução dos riscos de desastre naturais por meio das ações de prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação. Na Lei supracitada faz-se menção às políticas, tais como as de ordenamento territorial, desenvolvimento urbano, gestão de recursos hídricos, infraestrutura e planejamento, com base em pesquisas e estudos sobre áreas de risco e incidência de desastres no território nacional. 

Quando se trata de uma equipe que leva em conta a proteção da população e seus bens, com a última tecnologia em favor das novas cidades, Climatempo/ StormGeo leva a dianteira. Faz alguns anos que a população no Brasil reconhece do esforço e bem-estar que a empresa leva a todos. Em 2014, o aplicativo do Climatempo foi eleito o segundo mais importante para os moradores de São Paulo, atrás apenas do Google Maps. A pesquisa foi realizada pelo Ibope e constatou que 62% dos entrevistados consideravam o aplicativo o mais importante para o dia a dia na cidade. 

Neste ano de 2020, apesar do grande Impacto de a COVID-19 está provocando, Climatempo continua trabalhando para levar o melhor de seus serviços e produtos para os setores que desenvolvem as novas cidades. Alguns dos sectores que crescem beneficiados da tecnologia de Climatempo são: Agricultura, Call Center – Delivery, Construção Civil, Financeiro, Governo, Indústria Alimentícia, Alimentos e bebidas, Moda, Mineração, Entretenimento, Offshore, Refinaria, Ambiental, Energia (Transmissão | Distribuição | Eólica | Comercialização), Seguros, Transporte & Logística – Concessões Rodoviárias / Ferrovias / Aeroportos, Varejo e Terminais Portuários, etc. 

Uma nova cidade está nascendo e com os serviços e produtos Climatempo, fica melhor aliada do Clima. Alguns dos serviços e produtos que auxiliam na eficiência dos setores antes mencionados, são o de Monitoramento e Alertas Climatempo (SMAC), assim como, a plataforma na procura de maiores produções no mundo Agro (Agroclima PRO). Climatempo oferece sempre uma informação detalhada da previsão do tempo e clima, na melhor linguagem do entendimento para público, em diversos canais de rádio e televisão. Aplicativos de Climatempo são constantemente atualizados, ganhando espaço nas novas cidades, e alertando, por exemplo, de fortes chuvas que provocam alagamentos (PEDÁGUA).

Imagem que ilustra o Planejamento Sustentável o e Clima como aliado, resultando em verdadeiras Cidades Inteligentes / Smart Cities. 

Referências utilizadas neste artigo:

Folha informativa da OMM – COVID-19, disponível em: https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=6101:covid19&Itemid=875, acesso em junho 2020.

Lei Nº 12.608, de 10 de Abril de 2012, disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12608.htm, acesso em junho 2020.

Revista EY Construtores de um mundo de negócios melhor, disponível em: https://www.ey.com/pt_br/government-public-sector/four-ways-5g-connectivity-will-make-cities-smarter, acesso em junho 2020.

Revista Geo Independência, disponível em: https://geoind.wordpress.com/2013/12/23/john_snow_revisitado/, acesso em junho 2020.

Revista Sebrae Minas, Consultoría de estrategia y operaciones, Belo Horizonte, Nova Granada, Minas Gerai, disponível em https://inovacaosebraeminas.com.br/cidades-inteligentes-o-que-sao/, acesso em junho 2020.

Revista Ser Médico, N 90, Ano XXI, Jan/ Fev/Mar/ 2020.

Site Climatempo, disponível em: https://www.climatempo.com.br/, acesso em junho 2020.

Site Wikipedia, disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Cidade_inteligente, acesso em junho 2020.

Por Raidel Báez Prieto
MSc. Meteorologia e Doutorando do PPGPLAN/ UDESC 

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