Como o clima impactou a safra verão 2021 e como se proteger para a próxima safra
A irregularidade das precipitações nos meses de outubro e novembro marcou o início da safra verão 20/21. Em várias regiões do Brasil a semeadura da soja ganhou ritmo somente em novembro, não sendo difícil encontrar regiões com plantio em pleno dezembro. O atraso na implementação da principal cultura de verão acabou jogando a segunda safra para meses de alto risco climático, seja por conta da redução drástica das precipitações (estação seca) ou então por conta da susceptibilidade aos eventos de frio no outono-inverno.
O impacto do clima na safra verão foi tão devastador, que o Instituto Matogrossense de Economia Aplicada (Imea) estima que as perdas atinjam R$ 1,3 Bilhões de Reais devido ao excesso de chuva observado durante os meses de fevereiro e março, o que têm causado avarias importantes nas lavouras de soja no Mato Grosso, em média na ordem de 15%. Fora o problema no Mato Grosso, diversas regiões do Sul e Sudeste estão com a colheita da soja atrasada, o que inevitavelmente jogará o milho safrinha para as condições de frio durante o outono. Exemplo disso é no estado do Paraná, onde ainda restam pouco menos de 30% de área a ser implementada.
O sucesso das safras está diretamente relacionado às boas condições climáticas, e por isso o conhecimento antecipado da tendência da distribuição das chuvas é um artifício que deve ser considerado no momento de planejamento da safra. Escolher as melhores épocas de plantio é parte desse planejamento, que tende a ser melhor executado com a utilização de informações climáticas de qualidade.
Para isso, a Climatempo fornece o melhor relatório climático regionalizado do mercado nacional. Empresas no Brasil e na Argentina, além das principais cooperativas agrícolas do Sul do Brasil têm tomado suas decisões baseadas nos indicadores de precipitação e temperatura fornecidos pela Climatempo.
Por João Castro, Agrometeorologista da Climatempo.